Atleta de vôlei de praia relata casos de homofobia em partida

O jogador de vôlei Anderson Melo foi vítima de ataques homofóbicos durante uma partida do Circuito Brasileiro de Vôlei de Praia em Recife (PE) no dia 14 de janeiro. Os insultos partiram da torcida presente no jogo e foram capturados em vídeo. O atleta fez um boletim de ocorrência na 16ª delegacia, no Rio de Janeiro, onde reside.

Nos vídeos compartilhados pelo próprio jogador em suas redes sociais, é possível ouvir as ofensas proferidas. Ele também solicitou a interrupção da partida. Representantes da Confederação Brasileira de Vôlei que estavam presentes no local foram notificados, mas o jogo prosseguiu sem identificação dos autores dos ataques homofóbicos.

Após o incidente, a Confederação Brasileira de Vôlei emitiu uma nota lamentando o ocorrido e anunciando que encaminhará o caso ao Ministério Público local, além de registrar um boletim de ocorrência em uma delegacia de Recife.

Desde o dia 15 de janeiro, uma mensagem de áudio é reproduzida antes das partidas do circuito recifense alertando que atos de racismo, homofobia e outras formas de discriminação são crimes e não serão tolerados nos eventos de vôlei brasileiros. Durante as finais da etapa, a confederação promoveu uma ação na qual os atletas entraram em quadra segurando faixas com as frases "Homofobia é Crime" e "A luta é de todos" em apoio a Anderson.

A Comissão Nacional de Atletas de Vôlei de Praia emitiu uma nota repudiando qualquer tipo de discriminação e cobrando providências da Confederação Brasileira de Vôlei de Praia em relação ao incidente.