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21/05/2024 - 08:20Futebol feminino segue destaque no Brasil
O governo da Rússia adota postura desafiadora em relação ao Comitê Olímpico Internacional às vésperas dos Jogos de Paris, comunicou o presidente do COI, Thomas Bach, nesta terça-feira (19).
O ministro dos Esportes da Rússia, Oleg Matytsin, afirmou recentemente que a Rússia não planeja boicotar os Jogos, que terão lugar de 26 de julho a 11 de agosto, apesar das restrições impostas aos atletas russos pelo COI devido à situação na Ucrânia.
O COI decidiu permitir a participação dos atletas russos e bielorrussos como neutros, sem representar suas bandeiras, emblemas ou hinos nacionais. Bach destacou: "Estamos ouvindo uma posição relativamente cortês [do ministro dos Esportes russo], porém, por outro lado, temos observado também comentários bastante agressivos por parte do governo", em entrevista ao jornal Le Monde da França.
A discussão sobre a participação desses atletas nas cerimônias de abertura e encerramento será discutida durante a reunião do comitê executivo do COI na terça e quarta-feira. Bach disse: "O COI não emite comentários diretos, mas é perceptível que a agressividade do governo está aumentando a cada dia, direcionando-se ao COI, aos Jogos e a mim". Ele ainda pontuou: "Os ataques vão de 'fascista' a 'destruidor dos Jogos e do movimento olímpico', e todos esses ataques vêm de autoridades russas. Não posso afirmar se vêm do próprio Vladimir Putin, pois não acompanho o Telegram diariamente, não sou tão masoquista. Mas os ataques estão vindo de todos os níveis".
Bach excluiu a possibilidade de os atletas israelenses competirem como neutros em Paris, em meio às críticas crescentes à campanha militar de Israel contra o Hamas em Gaza. Ele ressaltou: "A situação é clara. Diferentemente do Comitê Olímpico Russo, o Comitê Olímpico Israelense não violou a Carta Olímpica".
O presidente do COI também enfatizou: "O Comitê Olímpico Russo está tentando impor autoridade sobre as regiões incorporadas pelo governo russo, o que viola a integridade territorial e o Comitê Olímpico Nacional da Ucrânia. No palco olímpico, há 30 anos, existe o que na política internacional é conhecido como a solução de dois Estados: temos um Comitê Olímpico Nacional Israelense e um Comitê Olímpico Nacional Palestino, que coexistem pacificamente há três décadas".
Bach assegurou a presença de atletas palestinos em Paris, declarando: "Se não houver atletas palestinos qualificados em número suficiente, faremos os convites necessários. Podemos contar com nosso programa de solidariedade olímpica, que estabelece a necessidade de pelo menos seis atletas por Comitê Olímpico Nacional".