Caixa realiza pagamento do novo Bolsa Família aos beneficiários com NIS terminando em 9
27/03/2024 - 13:26Pagamento do Bolsa Familia 2024
O comportamento dos preços levou o Banco Central (BC) a reduzir os juros pela sexta vez consecutiva. Em decisão unânime, o Comitê de Política Monetária (Copom) cortou a taxa Selic, os juros básicos da economia, em 0,5 ponto percentual, fixando-a em 10,75% ao ano. A ação era amplamente esperada pelos analistas financeiros.
No comunicado divulgado, o Copom indicou que prevê apenas mais um corte de 0,5 ponto na próxima reunião em maio, aumentando a possibilidade de pausa nas reduções a partir de junho. Anteriormente, o órgão sinalizava que seguiria com os cortes "nas próximas reuniões".
O cenário para a inflação permanece estável, com riscos tanto de alta quanto de baixa, segundo o comunicado. Entre os fatores que podem elevar a inflação estão pressões inflacionárias globais persistentes e o aquecimento do setor de serviços. Já os fatores de queda possíveis incluem uma desaceleração maior do que o previsto na economia global e impactos mais expressivos do que o esperado vindos dos aumentos de juros em outros países.
A taxa atual é a menor desde março de 2022, quando também estava em 10,75% ao ano. Entre março de 2021 e agosto de 2022, o Copom aumentou a Selic por 12 vezes consecutivas como parte de um ciclo de aperto monetário. Esse ciclo foi iniciado diante do aumento dos preços de alimentos, energia e combustíveis. Posteriormente, a taxa foi mantida em 13,75% ao ano por sete vezes seguidas entre agosto de 2022 e agosto de 2023.
Antes do período de alta, a Selic havia sido reduzida para 2% ao ano, o nível mais baixo desde o início da série histórica em 1986. O Banco Central havia reduzido a taxa para estimular a produção e o consumo diante da contração econômica causada pela pandemia de covid-19. A taxa permaneceu nesse patamar entre agosto de 2020 e março de 2021.
A Selic é o principal instrumento do Banco Central para controlar a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Em fevereiro, o IPCA registrou 0,83% e acumula 4,5% nos últimos 12 meses. Após quedas sucessivas nos meses anteriores, a inflação voltou a subir devido a alimentos e serviços de educação.
O índice em 12 meses está no limite superior da meta de inflação. O Conselho Monetário Nacional (CMN) estabeleceu uma meta de inflação de 3% para 2024, com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual. Portanto, o IPCA não podia ultrapassar 4,5% nem cair abaixo de 1,5% neste ano.
A redução da taxa Selic contribui para estimular a economia, pois juros mais baixos reduzem o custo do crédito, incentivando a produção e o consumo. No entanto, taxas mais baixas podem dificultar o controle da inflação. No último Relatório de Inflação, o Banco Central reduziu sua projeção de crescimento econômico para 2024 para 1,7%.
A taxa básica de juros é importante nas negociações de títulos públicos e serve como referência para as demais taxas da economia. A elevação da Selic ajuda a conter a demanda excessiva que pressiona os preços, enquanto sua redução estimula a produção e o consumo, mas pode enfraquecer o controle da inflação.